What if God...
Weird Al Yankovitch é um comediante americano que fez várias sátiras a músicas pop, bem ao molde dos Casseta e Planeta. Uma de suas canções é "What if Gof smoked cannabis", versão politicamente incorreta de "What if god was one of us", de Joan Osbourne.
Puxando a pergunta para o lado biológico, por que a maconha faz o efeito que faz no ser humano?
A cocaína é um análogo das catecolaminas; o LSD é um ácido que atrapalha quimicamente as conexões neurais; até da heroína nós temos uma versão endógena, responsável por atenuar a nossa dor. Mas e a maconha?
Curiosamente, foi identificado no cérebro um receptor canabinóide. Ora, existe uma proteína capaz de reconhecer o princípio ativo da maconha? Para quê? É uma tentação que o Diabo inseriu no nosso código genético, a maçã dos nossos dias?
Não.
Um dos efeitos mais conhecidos da maconha é a famosa "larica", fome excessiva pouco tempo depois do uso. A partir dessa informação, cientistas descobriram que um subtipo do receptor canabinóide é responsável pela sinalização da fome para o hipotálamo. Não tardou que surgisse o primeiro remédio a funcionar em cima dessa nova fisiologia: o Rimonabant, inibidor do receptor canabinóide tipo 1, é a nova promessa para o tratamento da obesidade, e deve chegar ao Brasil no início do ano que vem.
Se a maconha não foi liberada para tratar glaucoma - e nem deve ser, já que tantos outros remédios existem com essa mesma finalidade -, pelo menos seus efeitos ajudaram a progredir o estudo da obesidade, doença mais prevalente nesse mundo glutão em que vivemos.
2 Comments:
Gostei das informações, mister Phla.
Beijos
Pior, Phla: sabia que já estão manipulando Rimonabant? Ô, brasilzinho! Já dizia o poetinha: pátria minha, patriazinha, tadinha, lindo e triste Brasil.
Abraço!
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