segunda-feira, agosto 14, 2006

O poder da marca

Não sou publicitário, nunca tive vocação para o negócio. Mas na qualidade de público-alvo das propagandas, acho que minha opinião vale de alguma coisa. Afinal, é pensando em mim e em cada um de nós que as marcas são criadas e divulgadas.

O programa Marketeria passa às segundas-feiras na Rádio Paradiso FM. Uma vez, curioso, eu fiquei ouvindo. Geralmente mudo de estação quando passa alguma coisa que não música, mas dessa vez eu não mudei. E não me arrependi. Acho que cada um de nós, consumidores, deveríamos ter uma noção maior do processo que transforma produtos em marcas. Por que Omo e não Brilhante? Por que Bombril e não Assolan? O nosso carrinho de supermercado pode ser assunto de psicanálise, tanto quanto os sonhos. A resposta é: porque a Gessy Lever e a Bombril conseguiram associar a marca a uma sensação no consumidor, que vê o M amarelo do McDonald's e começa a salivar; que vê amortecedor de carro a cada Schnauser, e molho de tomate a cada elefante.

Você compra determinada marca porque: 1) funciona; 2) é o primeiro nome que vem a sua cabeça qando se fala em determinado produto. Não necessariamente nessa ordem.

E por que, então, você vota em determinado candidato? Você tem a ingênua ilusão de que a resposta não é exatamente a mesma? Política e marketing andam juntas desde o início dos tempos; a quantidade de votos é diretamente proporcional à qualidade da campanha, à capacidade de transmitir um nome ao eleitorado e associá-lo a uma gama de sensações, sobretudo esperança de um mundo melhor.

Todo veículo, parado ou andante, que carregue em si uma marca é, ali naquele momento, a imagem que um consumidor em potencial tem daquela marca. Por exemplo: um outdoor da Coca-Cola pichado com palavrões não está sujando apenas aquele espaço físico, o papel do cartaz, mas também a imagem da marca Coca-Cola. Agora, se o caminhão da Coca-Cola está na sua frente numa estrada de uma pista, e o motorista, andando devagar, abre espaço para você passar, foi uma atitude generosa do motorista, mas também um ponto a favor da marca Coca-Cola.

Pois, um exemplo de verdade, foi exatamente o que aconteceu comigo na volta de Teresópolis, ontem, dia dos Pais. O Fiat de campanha do candidato a deputado estadual Bernardo Rossi, do PMDB, com seu nome ocupando a totalidade de cada uma das janelas - imagino que o espelho retrovisor interno fosse objeto de decoração -, passou a muitos quilômetros por hora além do permitido, e quando chegou a um ponto mais congestionado, saiu cortando e costurando de uma faixa para outra, fechando os carros que vinham diminuindo a velocidade.

A marca Bernardo Rossi, por mais que eu já não fosse votar nele - e isso não interessa, porque outros ali bem podiam estar cogitando a possibilidade -, saiu bastante arranhada do incidente, por culpa de um motorista irresponsável que não desconhece a importância da sua função. O caro ficou inteiro.

1 Comments:

At 7:33 PM, Blogger Unknown said...

SENHORES:
OS VERDADEIROS PARCEIROS DA COMPOSIÇÃO “TENTE OUTRA VEZ" SÃO RAUL SEIXAS E LUCIANO LOPEZ, A PSEUDO PARCERIA RAUL SEIXAS, PAULO COELHO E MARCELO MOTTA FOI CELEBRADA EM PLENA DEPENDÊNCIA QUÍMICA DA DROGA PRESENTE NOS ANOS SETENTA COMO FATOR DE CORPORATIVISMO.
A COMPOSIÇÃO DEU-SE EM MAIO DE 1975 NO APARTAMENTO 1.101 DA ESTRADA DA GÁVEA, 638, SÃO CONRADO, ESTAVAM TÃO SOMENTE NO LOCAL EU (LUCIANO), RAUL E GLÓRIA VAQUER, SENDO QUE ESTA ME RECEPCIONOU NO APARTAMENTO MAS NÃO PARTICIPOU DOS DIÁLOGOS.
O MANUSCRITO NA INTERNET, AINDA EM FORMA DE RASCUNHO, CONTÉM O ESTÁGIO DA LETRA QUANDO EU DESCI DO APARATAMENTO.
AINDA ESTÁ EM FORMATO DE RASCUNHO, O SEGUNDO VERSO NÃO FOI GRAVADO E SÓ CONSTA RAUL ENTRE PARÊNTESES A VERMELHO NO LOCAL CLÁSSICO DO AUTOR, ALI O MEU NOME NÃO FOI EXCLUÍDO, NA REALIDADE ELE SEQUER FOI INCLUÍDO.
HÁ UMA AÇÃO NO FÓRUM DO RIO DE JANEIRO PELA RECUPERAÇÃO DOS REAIS DIREITOS AUTORAIS.
MAIS DETALHES ACESSANDO YOU TUBE: LUCIANO LOPEZ DEDILHANDO.

GRATO E EM NOME DA VERDADE DESEJO A TODOS BOA SORTE.

LUCIANO LOPEZ RODRIGUEZ
COMPOSITOR

 

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