segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Espaço concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral para Propaganda Eleitoral Gratuita


Que o casal Garotinho não engana mais ninguém, que César Maia é um blefe em épocas de eleição, todo mundo já sabe (ou eu espero que todo mundo já saiba). Por isso, em outubro próximo, conto com o apoio dos meus leitores para me sentar nos quatro anos que se seguem na cadeira de prefeito dessa cidade abençoada pelo Cristo Redentor.

Votem Phlavyus, legenda ab, sendo ab = [PV – (PT ∩ PRONA)] ÷ [PSOL –(PSTU U PP)]

A primeira medida do meu governo resolverá dois grandes problemas do Rio de Janeiro: a deterioração da imagem de exportação de uma cidade sitiada pela violência; e os surtos sazonais de dengue. Ao mesmo tempo.

Explico:

Como se vende a imagem do Rio de Janeiro?

O epíteto de Cidade Maravilhosa já anda meio desgastado; os pontos turísticos, Corcovado, Pão de Açúcar, Copacabana, Maracanã, são pontuais, aqui e ali, e sofrem com os abusos a turistas, por ladrões profissionais e de ocasião (taxistas, vendedores...)
A idéia é transformar em chamariz o Rio inteiro, e não apenas uns poucos pontos turísticos. Para isso, é preciso transformá-lo em algo que nenhuma cidade do mundo é.

Como se acaba com os surtos de dengue nos sucessivos verões cariocas?

A resposta é simples: o mesmo que já vem sendo feito há muito tempo, mas com maior eficiência. O fumacê precisa borrifar o Rio de Janeiro todo, e não apenas uns poucos reservatórios do mosquito. Porque se o Aedes aegypti sobreviver em Jacarepaguá, um motorista desavisado pode lhe dar carona até Campo Grande, de onde ele pega o trem para a Mangueira, e dali para a Zona Sul é só tomar o metrô e trocar de linha no Estácio.
Para evitar esse tipo de coisa, o mosquito precisa ser exterminado de todo território carioca; e, diria mais, fluminense.

E em que sentido um projeto se relaciona com o outro?

Aproveitando o que o Rio tem de mais intenso, que é o calor, façamos da cidade uma gigantesca sauna ao ar livre. Pois quente já é; abafado, úmido, enclausurante. O que falta, então, para fazer do defeito a nossa grande qualidade, o diferencial para toda e qualquer cidade do planeta? Praias existem aos montes noutras paragens; bonitas, feias, de areia ou de pedra, de nudismo, biquínis brasileiros ou europeus; praias para todo gosto.

Pois cidade-sauna, ah, isso não tem em lugar nenhum. E então, repetindo a pergunta, o que falta? Ora, o eucalipto! Toda sauna que se preza precisa ter cheiro de eucalipto, assim como, vice-versa, todo cheiro de eucalipto traz imediatamente à lembrança uma sauna.

Já deu para entender onde o fumacê entra na história? Ao fumegar a cidade com mosquiticida aromatizado artificialmente com essência de eucalipto, pronto, já podemos fazer a propaganda internacional da primeira cidade-sauna do mundo, onde homens trabalham de sunga e mulheres de biquíni, e a cada cruzamento o pedestre pode se refrescar com uma deliciosa ducha gelada enquanto espera o sinal abrir.

1 Comments:

At 10:37 AM, Anonymous Anônimo said...

Adorei a legenda, Flavinho, os políticos deveriam adotar isso. Agora, ducha gelada? Brrr!! (Bj da Lu)

 

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